terça-feira, 13 de novembro de 2007

São Jorge *

Dois anos depois de ter encantado a Aula Magna, Seu Jorge regressou a Portugal, na digressão que apresenta ao público América-Brasil, álbum de originais ainda não editado entre nós mas cujas faixas eram já conhecidas de muitos dos presentes.
Entretanto, o culto em redor do cantactor multiplicou-se em grande escala, pelo que foi perante um Coliseu dos Recreios lotado que o artista brasileiro actuou, na companhia de 18 músicos distribuídos por cordas, reco reco, violino, cuica, pandeiros, entre outros instrumentos.
Nas quase três horas de espectáculo houve tempo para Samba-Rock e Funk Carioca, versões em português de composições de David Bowie, momentos cénicos inspirados (o final de Chatterton, com os músicos a alucinarem como se fossem pacientes do Júlio de Matos a dar asas à loucura, foi das coisas mais surpreendentes a que assisti nos últimos tempos em concertos), voz e violão, a consciência social de quem prepara um documentário dedicado ao trabalhador brasileiro...
... e, ainda, a uma invasão de palco a convite da trupe de Jorge Mário da Silva - no encore, quem quis foi sambar com os músicos ao som de standards tocados ao vivo, como se a Marquês de Sapucaí tivesse atravessado o Atlântico.
Hoje, Seu Jorge actua no Teatro Mundial para 150 pessoas, secundado apenas pela sua guitarra.
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* Padroeiro do Trabalhador Brasileiro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi realmente um espectáculo mágico acompanhado de muitos momentos magníficos e variados. Quanto a mim foi O ESPECTÁCULO.